terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ainda A Constituição Da República Portuguesa

A Constituição da República Portuguesa foi redigida entre 1975 e 1976 pela Assembleia Constituinte, depois das primeiras eleições gerais livres do país em 25 de Abril de 1975. Foi revista em 1982, 1989, 1992, 1997, 2001 , 2004 e 2005 [1]

Para quem julga que vivemos em democracia e liberdade, fique desde logo a saber que a constituição proíbe associações fascistas e partidos de âmbito regional. Ainda sobre o âmbito regional, os deputados são eleitos por circulos eleitorais regionais, mas são obrigados a representar o país, e não as regiões pelas quais são eleitos.

Fique-se também a saber, que os políticos confiam tanto nos seus cidadãos que decidiram proibir na própria constituição, referendos que visem alterações à própria constituição. Fica assim restringido a um grupo de 'iluminados' qualquer rectificação à constituição.

Esse mesmo grupo de 'iluminados' teve ainda a arrogância e a prepotência em chamar a si 'a voz, a opinião e o sentimento' de todos os portugueses - incluindo aqueles que ainda não nasceram:

"A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais do cidadão, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito e vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno." [2]

Aqueles que defendem que vivemos numa democracia representativa, devem-se lembrar que este modelo de governação além de não ter sido referendado, não foi contra-posto a outros modelos possíveis de democracia.

O que eu gostaria de salientar neste post, é o modelo de governação e de democracia vigente no país.

  • Quais devem ser os poderes, competências e limites do estado e quais devem ficar a cargo dos cidadãos e da iniciativa privada?
  • Em que medida e com que direito o estado pode retirar por lei rendimentos dos seus cidadãos em nome do muito subjectivo bem colectivo?
  • Porque não é objecto de referendo a constituição? E mais importante ainda, porque não são debatidos e votados diferentes modelos de constituição?
  • Com as novas tecnologias disponíveis, especialmente a Internet, porque não são colocados em referendo aos seus cidadãos questões estratégicas e importantes para o país com muita maior frequência?

Menos Governo, Melhor Governo!

Referências:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Défice do Estado Quase Triplica Até Julho

"O défice do Estado atingiu os 8.570,4 milhões de euros, nos primeiros sete meses deste ano, um valor 2,69 vezes superior ao registado no mesmo período do ano passado. As Finanças justificam esta deterioração das contas públicas com a queda de 19% das receitas." [1]

Em tempos de crise, o défice do Estado é afectado negativamente por dois factores:

  1. Redução da receita fiscal (menos actividade económica)
  2. Aumento da despesa (subsídios, apoios, incentivos, investimento público)

Ora bem, uma empresa não pode operar constantemente em défice. O Estado não deveria também poder operar sistematicamente em défice, e muito menos deveria poder exceder um valor de défice tão elevado.

A questão que se coloca é: quem vai pagar este valor deficitário?

O Estado é uma entidade anónomima e abstracta, mas que representa todos os seus cidadãos. Logo, este défice (ao que há que acrecentar juros) só poderá ser pago com mais impostos, sobretudo sobre as próximas gerações de portugueses.

Menos Governo, Melhor Governo!

Referências