quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pensamento do Dia (Via Ron Paul)

E o pensamento do dia, vem do Congressista Ron Paul, do livro "The Revolution: A Manifesto" de 2008.

‎"Anyone going to his neighbor's home and taking his money at gunpoint, regardless of all the wonderful, selfless things he promised to do with it, would be promptly arrested as a thief. But for some reason it is considered morally acceptable when government does that very thing."

e a versão portuguesa:

"Qualquer pessoa que fosse a casa de um vizinho e ameaçando-o com uma arma lhe exigisse o seu dinheiro, indepentemente das coisas altruístas e maravilhosas que prometesse fazer com ele, seria imediatamente preso como um ladrão. Por uma razão qualquer, este mesmo acto é considerado moralmente aceitável quando o governo faz precisamente a mesma coisa."

Menos Governo, Melhor Governo!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Governo Não É A Cura Nem A Solução

Muitas vezes os cidadãos depositam infundadas esperanças e ilusões em que determinado político ou partido serão a cura dos males e a solução dos problemas do país.

Sobretudo em situações de crise e de desespero, os cidadãos estão dispostos a abdicar dos seus direitos e da suas liberdades fundamentais, na procura de um novo "Messias". Veja-se por exemplo o caso de Hitler, eleito democraticamente... ou o "Patriot Act" passado por George W. Bush numa altura de medo e histeria colectivos, ou ainda, pessoas a chorar lágrimas de felicidade no dia em que Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos.

No entanto, no essencial, o que é o que o Estado pode verdadeiramente fazer, se não tem recursos próprios (tem de os obter/retirar dos seus cidadãos) e não tem por fim ser eficiente ou económicamente produtivo e rentável...

Tudo o que o Estado pode fazer é criar todo o género de distorções e reduzir a liberdade dos seus cidadãos. O Estado decide quem é favorecido (geralmente, pequenos grupos de interesse) e quem é prejudicado (geralmente, toda a restante população)... tudo, claro em nome do interesse nacional e do bem colectivo - não há nada que não possa ser feito alegando este argumento.

Porém, ao longo da história, o que se verifica é que os países e povos que mais se desenvolveram foram aqueles nos quais a liberdade e iniciativa privada eram muito mais fortes do que qualquer governo ou estado... Os governantes na altura estavam mais preocupados em manterem-se em guerra uns contra os outros, a taxar os seus cidadãos e a construirem palácios e castelos para si próprios...

Hoje em dia, todas as pessoas querem algo em troca de nada. Querem receber mais do que o que pagam... por isso, todos os políticos que ofereçam algo em troca de nada, ou a perspectiva de beneficiar alguns grupos de cidadãos são obviamente muito populares.

O que é importante, o que é absolutamente fundamental e essencial, é que cada pessoa tome consciência e mentalize, que ela é a única responsável pela sua vida e pela sua felicidade. "Eu sou o dono do meu destino, o capitão da minha alma" ("I'm the master of my fate, the captain of my soul"). Isto é, não nos podemos co-responsabilizar ou desresponsabilizar a nossa vida com o Estado. Não devemos esperar que o Estado nos salve ou nos favoreça, porque simplesmente o Estado não deve e não pode sem prejudicar outros. Mesmo a questão da solidariedade deve ser deixada à liberdade de cada um e não imposta por Estado sobre todos os sueus cidadãos.

Por isso, já não acredito em nenhum político... não deposito esperanças em nenhum político. Votarei sempre naquele que prometer reduzir mais o peso do Estado.

As boas notícias é que as pessoas são seres humanos extraordinários. São extremamente engenhosos, adaptáveis, lutadores e incansáveis na sua inesgotável busca da felicidade. Quanto menos o Estado intervir, mais possibilidades têm os indivíduos de ter sucesso nessa perseguição.

I'm the master of my fate, the captain of my soul!

Menos Governo, Melhor Governo!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Palavras - Já Não Se Conseguem Ouvir

As Acções Falam Tão Alto Que As Palavras, Essas, Já Não As Escuto.

Os políticos dos dias de hoje - os Obamas, Sarkozys, Berlusconis e Sócrates do mundo - são políticos na verdadeira acepção da palavra. São políticos profissionais, que apostam numa imagem impecável, numa máquina de marketing e aparelho de campanhã geridos de uma forma verdadeiramente profissional e financiados por todo o género de lobbies e grupos de interesse.

Desde o facto dos políticos terem profissionais que escrevem os discursos por eles, que têm todos os assessores de comunicação e imagem possíveis e imagináveis, e que substituiem a sua espontaneidade pela segurança do tele-ponto.

Infelizmente, a maior parte das pessoas - não só na política - faz julgamentos superficiais, e muito menos vezes do que devia, faz pouco juízo crítico das palavras.

Não tenho problemas, pois em afirmar, que os conceitos de Democracia e Liberdade estão feridos de morte.

Bem... o propósito desta entrada era enumerar e desmistificar uma série de palavras e argumentos recorrentes de políticos de carreira. Sem mais demoras, aqui vai a lista (podem aproveita-la para jogar Bingo político):

  • Esta 0bra/investimento/intervenção não vai custar um tostão aos contribuintes - se não custa, não é precisa a intervenção pública, ponto final. Na variante em que até dará lucro, dêm espaço à iniciativa privada - mais uma vez, não é necessária a intervenção pública.
  • A culpa é do(s) governo(s) anterior(es) - esta é boa, porque tudo o que existe de mau é atribuído aos governos predecessores, enquanto que tudo o que é bom, obviamente é creditado ao governo actual.
  • A culpa é da crise/conjuntura internacional - o mesmo que o anterior. Mau = crise/conjuntura internacional. Bom = governo actual.
  • Isto é a prova de que as nossas políticas estão a resultar - ainda mais uma variação do tema anterior. Mau = outros, Bom = nós.
  • Os outros paises estão igual/piores - aqui para comparação pega-se nos piores exemplos, nunca nos melhores.
  • Fizemos o que era o melhor para país - traduzido dá: "fizemos o que NÓS, um pequeníssmo número de pessoas com muito poder, achamos que era melhor"
  • Ninguém imaginava / Era impossível de prever - claro que ninguém consegue prever o futuro, mas a gestão de risco faz parte do nosso dia-a-dia. Acontecimentos improváveis - bons ou maus - irão acontecer sempre, e ninguém se queixa dos bons! Em relação à crise internacional (a que esta frase mais se aplica) é falso. Houve pessoas, como Peter Schiff que preveram a crise com grande detalhe - até escreveu um livro em 2006 que descrevia exactamente como a crise se iria desenrolar. Isto revela também um problema crónico dos políticos. Por um lado, julgam-se especialmente dotados/abençoados/escolhidos para governar, por outro lado são os optimistas crónicos. O optimismo é bom em doses moderadas, mas é mais importante o realismo.
  • Não havia outra alternativa/escolha possível - claro que há, existe sempre escolha e existe sempre alternativa. Aqui é a busca do conforto mental, e da solidariedade popular.
  • Se nada se fizesse, teríamos caído/caminhado no abismo/catástrofe - como é que os políticos podem afirmar isto? Têm acesso por acaso a uma bola de cristal? Claro que é muito fácil pintar um cenário hipotético (que nunca é possível de testar na realidaed) como muito negro, para justificar qualquer escolha dos políticos.
  • O estudo/parecer suporta esta a decisão - é sempre possível arranjar (ou encomendar) um estudo para suportar qualquer decisão, portanto há que reconhecer que as decisões são políticas. Existe um certo conforto para os políticos e para a população saber que existem tais estudos... mas para todos os efeitos é como se não existissem. Basta fazer uma pequeníssima variação ao pressuposto qualquer (que é em que os estudos se baseiam) que praticamente todos os resultados podem ser encontrados. A juntar a isto, existe um conflito de interesse claro em quem faz o estudo e quem o adjudica. Se quem faz o estudo vem com resultados contrários ao esperado, pode-se sempre fazer um estudo com outra entidade.
  • A oposição é sempre do contra / A comunicação social é uma bota-abaixo/ São vozes derrotistas e retrógradas ou a minha preferida Quem está contra nós é anti-patriota! Claro, Nós=Bons, Quem está contra nós = Maus. Os políticos esquecem-se que o mais importante em democracia é escutar e reconhecer o direito à diferença. É importante ter também a humildade para reconhecer que há outros pontos de vista, diferentes dos nossos, mas igualmente válidos. Estas frases são as chamadas "killer phrases" usadas quando não se quer debater ideias com ideias, ou apresentar argumentos válidos que contestem as nossas ideias. Estas frases são uma humilhação para a democracia.
  • Os nossos valores/princípios/causas/modo de vida são os correctos/justos [nas entrelinhas: temos a obrigação moral de os impôr as outros] - esta é desde que a Humanidade existe, a principal desculpa para se iniciarem todo o género de guerras e atrocidades. Basta fazer um pequeníssimo exercício mental para se aperceber que o suposto inimigo/adversário/oponente pensa exactamente da mesma maneira, afinal somos todos humanos.
E pronto, aqui está. Nem sequer aflorei a parte das inúmeras super-promessas que todos os políticos fazem em campanha eleitoral. Sempre me interroguei e admirei da memória curtíssima dos eleitores.

Menos Governo, Melhor Governo!!!

domingo, 31 de janeiro de 2010

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Irlanda Com Um Governo Sério No Ataque Ao Défice

O governo Irlandês anunciou recentemente a intenção de reduzir significamente o défice através de cortes nos apoios sociais e reduções nos salários dos funcionários públicos, reduções essas que variam entre 5% e 15%. [1]

Com estas medidas, o défice Irlandês deverá recuar para 3% em 2014 [2] como requerido pela zona Euro.

O governo Irlandês prevê uma redução do que o Produto Interno Bruto (PIB) da Irlanda de 8% em 2009 e de 1,25% no próximo ano.

Com os mesmos argumentos, o governo Português toma uma atitude completamente oposta. Portugal, já de si altamente endividado, e com um défice a rondar os 8% este ano, decide - em nome da crise e do interesse nacional, como não poderia deixar de ser - de aumentar os apoios sociais, e de investir dinheiro que não têm em mega-obras públicas de utilidade muito duvidosa.

Os apoios sociais e as obras públicas são muito atractivas popularmente, e hão de arrancar muitos votos e favores. A questão fundamental que se deve colocar, é de onde vem o dinheiro para financiar estes programas? Como o governo não gera riqueza - consome-a, esse dinheiro terá que vir dos cidadãos e empresas contribuintes. Um pequeníssimo grupo de políticos governantes acha-se no direito de impor dívida pública sobre os seus cidadãos. Esse mesmo pequeníssimo grupo de políticos, acha que sabe melhor do que ninguém o que é melhor para todos os cidadãos portugueses.

Está na altura de discutir seriamente a constituição portuguesa e o seu modelo de governação.

Menos Governo, Melhor Governo!

Referências:
  • [1] Ireland Budget 2010 Hits Welfare, Child Benefit & Public Sector Pay (PRLog, 10/Dez/2009)
  • [2] Budget 'well received' insists Taoiseach, (RTÉ News, 10/Dez/2009)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Portugal Avisado Pelo S&P Sobre Possível Degradação do Rating de Crédito

De acordo com o Wall Street Journal [1], a agência de rating Standard & Poors baixou o outlook do crédito do governo de Portugal de "estável" para "negativo" alegando a deterioração das finanças públicas.

Assim sendo, existe a possibilidade de Portugal - que há muito tempo tem um rating de A+ - ver o seu rating downgraded se o seu défice se mantiver alto, o seu crescimento se mantiver fraco, e os encargos com a dívida continuarem a aumentar.

É verdade que a agência Standard & Poors ficou muito mal na questão do rating de CDO (Collateral Debt Obligations) de empréstimos relacionados com o subprime nos EUA [2]. O facto é que um downgrade do rating da crédito de Portugal significará um aumento dos encargos com a dívida pública que continua a crescer sem parar.

Referências:

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

99.500 Euros Por Um Web Site

Mais um exemplo do desperdício de dinheiros públicos e favorecimentos. É sempre muito fácil gastar o dinheiro dos outros.

De acordo com o portal governamental Base, foi adjudicado directamente (portanto, sem concurso público) a construção de um web site alusivo à celebração do Centenário da República Portuguesa por 99.500 euros! Este site foi construído com base numa plataforma de gestão de conteúdos gratuita (o Drupal) usando também um design open-source ("Zen").[1]

Mais, o mesmo designer foi ainda "comtemplado" com a criação do estacionário (papel de carta, envelopes, cartões) pelo valor de 99.000 euros. Trata-se obviamente de um abuso de poder, e gestão danosa do dinheiro dos contribuintes. Enquanto o sistema o permitir, abusos destes irão continuar à custa de todos os cidadãos.

Menos Governo, Melhor Governo!

Referências: