Sobretudo em situações de crise e de desespero, os cidadãos estão dispostos a abdicar dos seus direitos e da suas liberdades fundamentais, na procura de um novo "Messias". Veja-se por exemplo o caso de Hitler, eleito democraticamente... ou o "Patriot Act" passado por George W. Bush numa altura de medo e histeria colectivos, ou ainda, pessoas a chorar lágrimas de felicidade no dia em que Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos.
No entanto, no essencial, o que é o que o Estado pode verdadeiramente fazer, se não tem recursos próprios (tem de os obter/retirar dos seus cidadãos) e não tem por fim ser eficiente ou económicamente produtivo e rentável...
Tudo o que o Estado pode fazer é criar todo o género de distorções e reduzir a liberdade dos seus cidadãos. O Estado decide quem é favorecido (geralmente, pequenos grupos de interesse) e quem é prejudicado (geralmente, toda a restante população)... tudo, claro em nome do interesse nacional e do bem colectivo - não há nada que não possa ser feito alegando este argumento.
Porém, ao longo da história, o que se verifica é que os países e povos que mais se desenvolveram foram aqueles nos quais a liberdade e iniciativa privada eram muito mais fortes do que qualquer governo ou estado... Os governantes na altura estavam mais preocupados em manterem-se em guerra uns contra os outros, a taxar os seus cidadãos e a construirem palácios e castelos para si próprios...
Hoje em dia, todas as pessoas querem algo em troca de nada. Querem receber mais do que o que pagam... por isso, todos os políticos que ofereçam algo em troca de nada, ou a perspectiva de beneficiar alguns grupos de cidadãos são obviamente muito populares.
O que é importante, o que é absolutamente fundamental e essencial, é que cada pessoa tome consciência e mentalize, que ela é a única responsável pela sua vida e pela sua felicidade. "Eu sou o dono do meu destino, o capitão da minha alma" ("I'm the master of my fate, the captain of my soul"). Isto é, não nos podemos co-responsabilizar ou desresponsabilizar a nossa vida com o Estado. Não devemos esperar que o Estado nos salve ou nos favoreça, porque simplesmente o Estado não deve e não pode sem prejudicar outros. Mesmo a questão da solidariedade deve ser deixada à liberdade de cada um e não imposta por Estado sobre todos os sueus cidadãos.
Por isso, já não acredito em nenhum político... não deposito esperanças em nenhum político. Votarei sempre naquele que prometer reduzir mais o peso do Estado.
As boas notícias é que as pessoas são seres humanos extraordinários. São extremamente engenhosos, adaptáveis, lutadores e incansáveis na sua inesgotável busca da felicidade. Quanto menos o Estado intervir, mais possibilidades têm os indivíduos de ter sucesso nessa perseguição.
I'm the master of my fate, the captain of my soul!
Menos Governo, Melhor Governo!
Para se combater um extremo cai-se noutro. Pergunto-lhe o seguinte, embora saiba que não me vai responder: devemos também privatizar a justiça e a segurança? Sabe meu caro Sr... o seu mal é que não olha para os países nórdicos e encontra neles o justo equilibrio entre Democracia e Mercado. Tenho pena, muita pena, que tenha alguma razão no que diz, mas que e perca por não invocar paradigmas que funcionam em sociedades civilizacionalmente mais avançadas!
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