sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Governo Não É A Cura Nem A Solução

Muitas vezes os cidadãos depositam infundadas esperanças e ilusões em que determinado político ou partido serão a cura dos males e a solução dos problemas do país.

Sobretudo em situações de crise e de desespero, os cidadãos estão dispostos a abdicar dos seus direitos e da suas liberdades fundamentais, na procura de um novo "Messias". Veja-se por exemplo o caso de Hitler, eleito democraticamente... ou o "Patriot Act" passado por George W. Bush numa altura de medo e histeria colectivos, ou ainda, pessoas a chorar lágrimas de felicidade no dia em que Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos.

No entanto, no essencial, o que é o que o Estado pode verdadeiramente fazer, se não tem recursos próprios (tem de os obter/retirar dos seus cidadãos) e não tem por fim ser eficiente ou económicamente produtivo e rentável...

Tudo o que o Estado pode fazer é criar todo o género de distorções e reduzir a liberdade dos seus cidadãos. O Estado decide quem é favorecido (geralmente, pequenos grupos de interesse) e quem é prejudicado (geralmente, toda a restante população)... tudo, claro em nome do interesse nacional e do bem colectivo - não há nada que não possa ser feito alegando este argumento.

Porém, ao longo da história, o que se verifica é que os países e povos que mais se desenvolveram foram aqueles nos quais a liberdade e iniciativa privada eram muito mais fortes do que qualquer governo ou estado... Os governantes na altura estavam mais preocupados em manterem-se em guerra uns contra os outros, a taxar os seus cidadãos e a construirem palácios e castelos para si próprios...

Hoje em dia, todas as pessoas querem algo em troca de nada. Querem receber mais do que o que pagam... por isso, todos os políticos que ofereçam algo em troca de nada, ou a perspectiva de beneficiar alguns grupos de cidadãos são obviamente muito populares.

O que é importante, o que é absolutamente fundamental e essencial, é que cada pessoa tome consciência e mentalize, que ela é a única responsável pela sua vida e pela sua felicidade. "Eu sou o dono do meu destino, o capitão da minha alma" ("I'm the master of my fate, the captain of my soul"). Isto é, não nos podemos co-responsabilizar ou desresponsabilizar a nossa vida com o Estado. Não devemos esperar que o Estado nos salve ou nos favoreça, porque simplesmente o Estado não deve e não pode sem prejudicar outros. Mesmo a questão da solidariedade deve ser deixada à liberdade de cada um e não imposta por Estado sobre todos os sueus cidadãos.

Por isso, já não acredito em nenhum político... não deposito esperanças em nenhum político. Votarei sempre naquele que prometer reduzir mais o peso do Estado.

As boas notícias é que as pessoas são seres humanos extraordinários. São extremamente engenhosos, adaptáveis, lutadores e incansáveis na sua inesgotável busca da felicidade. Quanto menos o Estado intervir, mais possibilidades têm os indivíduos de ter sucesso nessa perseguição.

I'm the master of my fate, the captain of my soul!

Menos Governo, Melhor Governo!

Um comentário:

  1. Para se combater um extremo cai-se noutro. Pergunto-lhe o seguinte, embora saiba que não me vai responder: devemos também privatizar a justiça e a segurança? Sabe meu caro Sr... o seu mal é que não olha para os países nórdicos e encontra neles o justo equilibrio entre Democracia e Mercado. Tenho pena, muita pena, que tenha alguma razão no que diz, mas que e perca por não invocar paradigmas que funcionam em sociedades civilizacionalmente mais avançadas!

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