A despesa pública total encontra-se em valores recorde, tanto em valor absoluto como em valor relativo (em percentagem do PIB) [1][2][3].
A despesa pública representa o peso do estado, que tem revelado uma tendência crescente ao longo do tempo (ver 'Parkinson Law'). Em 1973, a despesa pública total correspondia a 19,9% e em 2008 correspondia a 47,8% [1][4]! Em 2009, com o decréscimo esperado do PIB e o aumento dos encargos sociais e investimento públicos, o valor é bem capaz de exceder os 50%.
Gostaria de citar o texto Miguel Lebre de Freitas [5] que resume bem o problema da despesa pública: "É sabido que em Portugal há grandes desperdícios na utilização dos recursos públicos. Nomeadamente, devido ao excesso de burocracia e a sistemas de incentivos perversos, que resultam em despesas sem retorno e em baixa produtividade."
De salientar ainda, que toda a despesa pública é financiada pelos contribuintes. E aproximando-se de 50% do PIB isto significa que é equivalente a meio ano de toda a riqueza produzida no país.
É possível observar a constituição da despesa pública em 2007 na figura abaixo [3]. Os maiores factores que contribuiem para a despesa pública são os benefícios sociais (42%) e as despesas com pessoal (28%).
Referências:
[1] Orçamento do Estado para 2008
[2] Orçamento do Estado para 2009
[3] Eurostat - Government Finance Statistics
[4] O Melhor Governo É O Que Menos Governa, Diário de Notícias, 19-Julho-2005
[5] O Monstro, Miguel Lebre de Freitas, Semanário Económico, 14-Maio-2004
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