terça-feira, 17 de março de 2009

O Grande Mito De Que Vivemos Num Mundo Capitalista

Os governos e os media anunciam alto e bom som que a crise actual prova o fracasso do capitalismo. Eles assumem que temos vivido num ambiente de mercado livre. Tal não poderia estar mais longe da verdade.

Todos os governos dos países ditos desenvolvidos assumem um estado inflaccionário, expansionário, regulador e altamente intervencionista. A começar pelos bancos centrais, que têm o poder- para sustentarem as práticas inflaccionários e expansionários dos governos - de fixar as taxas de juro e de criar moeda a partir do nada.

Num ambiente de verdadeiro capitalismo, onde a liberdade individual é realmente protegida, o estado não teria a capacidade de fixar as taxas de juro ou de criar moeda a partir do ar, o estado reduziria a sua despesa, reduziria as suas àreas de intervenção e reduziria os impostos. Num verdadeiro ambiente de capitalismo e liberdade, a regulação seria diminuida, os subsídios e incentivos que favorecem pequenos grupos de interesse seriam eliminados, acabar-se-iam com medidas proteccionistas e com o salvamento de empresas ineficientes ou mal geridas.

O verdadeiro fracasso desta crise não resulta do capitalismo, mas sim do intervencionismo e de políticas governamentais erradas. Pior, todas as soluções que são apresentadas para resolver a crise apontam para mais intervencionsimo, mais despesismo e mais regulação!

Se a história nos ensina alguma coisa é de que nós não aprendemos nada com ela e estamos condenados a repeti-la vezes sem conta.

Existe um livro escrito por um congressista Norte Americano, Ron Paul, que recomendo vivamente: 'Pillars Of Prosperity'. Este livro fala de como o governo dos Estados Unidos se tem sistematicamente desviado e até violado a constituição americana em detrimento da liberdade dos seus cidadãos. Curiosamente, é nos Estados Unidos, bandeira do capitalismo, onde existe menos liberdade individual, e onde os direitos humanos e dos cidadãos são ultrapassados em nome da Segurança e Interesse Nacional. A dívida do Estados Unidos encontra-se perto dos 11 triliões de dólares. Em termos de políticas económicas, Barack Obama tem seguido as políticas de George W. Bush, mas num grau maior, pelo que os efeitos a médio, longo prazo serão piores do que a crise actual.

2 comentários:

  1. É com agrado que vejo algumas pessoas que não se deixam enganar pela cortina de fumo lançada pelos banqueiros e politicos que causaram a crise actual (se bem que a nossa ja dura há vários anos). Eu também comecei recentemente a utilizar cada vez mais a internet para aceder a informação que os jornalistas portugueses teimam em não divulgar, seja por desconhecimento ou interesse politico, etc... Devo dizer que partilho da ideia de que o papel dos Estados deveria ser mais reduzido, em particular na economia, mas também nas liberdades civis dos cidadãos.

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  2. Inteiramente de acordo, Sr. Carlos Perneta. O estado é demasiado intervencionista e regulador, restringindo cada vez mais a liberdade individual dos seus cidadãos.

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