sexta-feira, 27 de março de 2009

O Grande Perigo Da Crise

'Aqueles que abdicam de direitos de liberdade em troca de um pouco mais de segurança temporária, não merecem nem liberdade nem segurança.' - Benjamin Franklin.

O verdadeiro perigo da actual crise económica, é o aumento do peso, da intervenção e dos poderes do estado!


Ao longo da história, vários grupos e governantes se têm aproveitado de situações de crise, de medo, de incerteza e de pobreza para aumentarem os seus poderes, traindo a esperança depositada neles pelos cidadãos. Só assim se explicam alguns acontecimentos verdadeiramente irracionais, tais como:
  • Confiscação do ouro privado por Franklin Roosevelt nos Estados Unidos em 1933 durante a Grande Depressão
  • Eleição de Adolf Hitler para chefe de estado na Alemanhã em 1933 também durante a Grande Depressão
  • A passagem nos Estados Unidos do 'Patriot Act' que representa a maior violação de direitos civis e liberdade individual da história, permitindo ao estado vasculhar livremente emails, conversas telefónicas, contas bancárias, etc. assim como prender qualquer pessoa em qualquer parte do mundo por tempo indeterminado sem lhe ser comunicada o motivo de prisão e sem direito a julgamento, após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001
  • A Invasão do Iraque em Março de 2003 por parte dos Estados Unidos, com base em dados falsos sobre Armas de Destruição Maciça, e ainda sob o espectro dos ataques de 11 de Setembro de 2001
Com a crise económica e financeira actual, têm se verificado um aumento muito grande do estado, como por exemplo:
  • Salvamento ou nacionalização de bancos e empresas (sobretudo no sector automóvel)
  • Criação de estímulos e medidas proteccionistas
  • Aumento dos investimentos e das obras públicas - que em tempos de crescimento económico já eram difíceis de financiar, em tempos de crise parece que há dinheiro para tudo
  • Aumento dos subsídios e apoios sociais - medida muito popular, mas que cria dependência aos beneficiários e que é paga pelos cidadãos contribuintes
  • Aumento dos poderes de supervisão, e pasme-se, da regulação! Como se não houvesse já supervisão e regulação demais, e como se mais regulação fosse resolver o problema.
Reagir de forma imediata e abrupta, seguindo o sentimento popular, endereçando os sintomas mas sem se esforçar em compreender verdeiramente as raízes do problema é muito má governação. Alguns maus exemplo disso são os Estados Unidos, com a passagem do acto Sabarnes-Oxley após os escândalos da Enron, ou do imposto muito recente de 90% sobre os bónus recebidos pelos administradores da AIG.

O melhor que os governos têm a fazer em situação de crise é deixar a mão invisível do mercado livre actuar e corrigir os desiquilíbrios existentes. Só assim, a economia e os cidadãos ficam livres para retomarem a properidade e o crescimento económicos. Com a liberdade individual, vem a responsabilidade individual. E nem num caso nem no outro, o governo se deve substituir e impôr ao cidadão.

A propósito deste post, recomendo o 'Road to Serfdom In Cartoons' baseado no livro 'Road To Serfdom' de Friederich Hayek, seguidor da Escola Austríaca, e co-vencedor do prémio Nobel da Economia em 1974.

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