Segundo dados oficiais do Banco de Portugal [1], [2] a dívida directa do Estado (em moeda da zona euro e fora da zona euro) no final de 2008 era de 118.890 milhões de euros, o que dá aproximadamente 11.183 euros a cada habitante e representa cerca de 72% do PIB.
Seguramente que com as medidas de combate à crise, juntamente com as grandes obras anunciadas do comboio de alta velocidade (TGV) estimado em 7.100 milhões de euros [3] e do novo aeroporto de Lisboa estimado em 3.100 milhões de euros [4] a dívida irá agravar-se significativamente.
Esta dívida, além de reprensentar encargos financeiros que terão de ser pagos com parte da receita fiscal, representa ainda um passivo que terá que ser liquidado por governos e gerações futuras.
Numa altura em que se fala de rigor e equilíbrio orçamental para indivíduos e empresas, o estado dá um péssimo exemplo em prejuízo dos seus cidadãos. De salientar ainda a tendência crescente dos governos, independentemente do seu partido e ideologia, de aumentar constantemente a dívida.
Sigam por favor estes links para terem acesso a informação mais detalhada e também a a outras opiniões :
- Um Jardim No Oasis: Dívida Externa: Portugal À Beira Da Falência
- Crónica do Serrone e Agora Portugal
- Vasco Campilho.Net: Curb Your Enthusiasm
- Debate Exame Expresso: Portugal Pode Falir?
[1] Boletim Estatístico do Banco de Portugal (secção E)
[2] Boletim Estatístico do Banco de Portugal (secção H)
[3] Diário de Notícias - Aeroporto No Sul Poupa 3 Mil Milhões
[4] Sindefer - TGV Estudo da CIP dispara custos em 1700 milhões
Basicamente, passa-se o seguinte: Eu sou teu amigo e ajudei-te a chegar onde estás. A contrapartida é, chegado ao topo, ajudares-me a mim, criando condições para eu também prosperar. Ao mesmo tempo, como os mandatos são limitados, quando saíres vais ter que fazer alguma coisa, pelo que o melhor é espalhares algum mel em algumas mãos, para depois o poderes beber quando saíres do poleiro.
ResponderExcluirNa minha opinião, e particularmente em Portugal, o problema não está no Governo, no PM ou PR, ou nos lobbies dos grandes grupos, mas nos portugueses em si. E basta um exercício simples: apontem alguém que, dada a possibilidade de constituir um governo, não iria ajudar o filho, o irmão, a namorada, os pais, a amante, etc... ou que, confrontado com um salário, mesmo que fosse o dobro ou triplo do que ganham actualmente o PR e PM, não se sentiam tentados face aos milhões com que os grandes grupos acenam? Para quê ter um Lamborghini... se podes ter 2?!
O ser humano é, regra geral, ambicioso e protela a consciência, a moral ou a deontologia para último plano. E os portugueses, tão famosos pelo seu desenrascanso, levam a fama às últimas consequências.
Em última análise, e penso não estar muito longe da realidade, os políticos vão, de uma forma geral, para essa vida, não pelo empenho e interesse em ajudar o país e a sociedade, mas para se ajudarem a si mesmos. E os poucos que forem por motivos mais altruístas rapidamente se adaptam à realidade em que estão e passam a ser iguais a todos os outros.
Já lá dizia o outro senhor: aquele povo não se governa nem se deixa governar. Era assim à 2000 anos e será assim daqui a 2000 anos.